DICAS NERDS: Filmes, Quadrinhos e Livros

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X-Men, Star Wars, Super-Heroínas, Filmes B, Vingadores e quadrinhos inusitados! Uma lista com 16 indicações que farão a alegria de qualquer nerd! Confira!

X-MEN: DIAS DE UM FUTURO ESQUECIDO – EDIÇÃO VAMPIRA (2015), direção de Brian Singer, com Hugh untitled
Jackman, Michael Fassbender, James McAvoy Jennifer Lawrence, Anna Paquim

A versão estendida do segundo filme da franquia que renovou os mutantes da Marvel traz vinte minutos de cenas extras com a participação da Vampira (interpretada por Anna Paquim), que foi cortada da versão exibida nos cinemas. A trama ficou mais completa, mas não teve grandes mudanças com a inclusão da personagem. No entanto, é interessante notar que, com a participação de Vampira, também aumentou a participação do Professor X (Patrick Stewart) e Magneto (Sir Ian McKellen), que, no cinema, ficaram reduzidos a darem apoio moral à Kitty Pryde enquanto ela “trabalha” na mente de Wolverine. Os extras, muito bacanas, mostram uma entrevista com o diretor, que explica porque Vampira foi excluída da versão final, além de trazer uma reunião de grupo com todo elenco, pra lá de divertida. Duração: 151 Minutos. Nota: B+ (Eduardo Marchiori)

Nó na GargantaNÓ NA GARGANTA (1997) de Neil Jordan, com Eamon Owens, Stephen Rea
Neil Jordan é um diretor cuja carreira não admite filmes ruins e que, mesmo assim, nunca atingiu a fama, mas chegou perto ao dirigir Entrevista com o Vampiro e o cult Na Companhia dos Lobos. Nó na Garganta é a história de um menino de 11 anos, na Irlanda dos anos 1960, que trabalha em um açougue, lida com os problemas familiares como o pai bêbado e a mãe potencialmente suicida e tem como refúgio, a religião, a imaginação, as histórias em quadrinhos, os filmes B e as conversas com a Virgem Maria (vivida por Sinead O’Connor), tudo com uma leveza absurda e humor negro onipresente. Em algum ponto, você percebe que, em vez de algum grande drama redentor, o que está vendo é a construção gradual de um psicopata. Forte sem ser chocante, denso mas sem perder a leveza e surpreendentemente agradável, apesar de sua escuridão. É um estranho cruzamento de Laranja Mecânica com O Fabuloso Destino de Amélie Poulain e um dos filmes melhores que vi na minha vida. Nota: A (Fábio Ochôa)

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QUADRINHOS

THE NIGHTLY NEWS (2007), de Jonathan Hickman (Image Comics)
Antes de se transformar em um dos nomes mais importantes da Marvel, em títulos como Vingadores, Quarteto Fantástico e Infinito, Jonathan Hickman chamou a atenção do mercado de quadrinhos com este trabalho inusitado. Quando jornalistas começam a ser mortos por um grupo misterioso, as investigações revelam uma complexa conspiração e segredos sobre os métodos ilícitos que a imprensa em geral usa para conseguir informações e manchetes. Uma ótima crítica ao ramo jornalístico, traz – como adendos – diversas histórias reais sobre ocasiões em que a imprensa foi irresponsável e destruiu 
vidas ou causou o caos. A arte é estilizada e apresenta conceitos de design moderno, que fogem ao modelo convencional dos quadrinhos. Essencial para quem gosta de Chuva de Merdaboas histórias e para interessados no ramo jornalístico. Nota: A (Maurício Muniz)

CHUVA DE MERDA (2014), de Luiz Berger (Gordo Seboso & Ugra Press)
Essa coletânea de trabalhos do quadrinista Luiz Berger é uma grande pedida para os apreciadores de histórias em quadrinhos nojentas. São 52 páginas de histórias escrotas que se passam num universo podre, sujo, politicamente incorreto e muito engraçado. Nota: A+ (Gustavo Daher)

STAR WAR LEGENDS: A GUERRA NAS ESTRELAS (2015), de JW Rinzler e Mike Mayhew (Panini)resenha guerra
Star Wars sempre rende. Mesmo. Então não foi surpresa nenhuma que o roteiro cru, o primeiro script do filme de George Lucas, ganhasse uma adaptação em quadrinhos pela Dark Horse.  O roteirista, Rinzler, esteve sempre envolvido com a Lucasfilms, de um jeito ou de outro. Ele escreveu The Making of Star Wars e The Complete Making of Indiana Jones. Ou seja, teve acesso a esse primeiro rascunho e escreveu uma minissérie em oito partes. O quadrinho é muito diferente do que foi visto nas telas. E serve como curiosidade sobre o que poderia ter sido. Os desenhos de Mike Mayhew são ótimos… e têm um bônus: como não poderia deixar de ser, muitos dos conceitos visuais de Ralph MacQuarie são usados.  A Panini publicou a minissérie por aqui em duas edições encadernadas,  em  Abril e Maio de 2015, então ainda deve ser relativamente fácil de achá-las. Se você é um fã de Star Wars (principalmente do chamado “Universo Expandido”) esses quadrinhos são para você. Se não é fã, mas gosta de cinema de um modo geral, verá como as coisas acabam mudando nos filmes desde o momento em que são concebidos. Nota: A (Ben Santana)

homem-formiga-capa-300x460HOMEM-FORMIGA: PRELÚDIO, de Will Corona Pilgrim, Miguel Sepulveda e Wellington Alves (Panini)
Diferente do material que saiu anteriormente com o prelúdio de Vingadores: A Era de Ultron, esta edição se limita a compilar as HQs referentes ao filme do Homem-Formiga em duas histórias que preparam o terreno para a aventura cinematográfica. A primeira mostra Hank Pym no traje do herói numa missão durante a Guerra Fria. Na segunda, o leitor descobre o motivo que levou Scott Lang à prisão. Arte bacana, roteiro enxuto, leitura rápida. Nota: C+ (EM)

HOMEM-FORMIGA: MUNDO PEQUENO (2015), vários autores (Panini)969e1-homem-formiga2b-2bmundo2bpequeno
Ainda na esteira do filme do Homem-Formiga, a Panini lança uma edição perfeita para os novos leitores conhecerem as três encarnações do herói e para os antigos recordarem ótimas histórias. A melhor HQ é a última, que mostra Scott Lang assumindo o manto do Homem-Formiga, escrita por David Michelinie e desenhada por John Byrne e Bob Layton – e que é a capa da edição. Só por ela, já vale o encadernado, mas a revista ainda tem o cuidado de mostrar também uma aventura de Eric O’Grady, o terceiro Homem-Formiga, inédita no Brasil. Embora não seja sua origem, é uma ótima HQ, bastante divertida, na qual ele interage com Pym, que usava a identidade do Vespa, numa fase pós-Invasão Secreta. Para completar, são republicadas as primeiras histórias de Hank Pym, na clássica Tales To Astonish, de Stan Lee e Jack Kirby, com a origem do herói e de sua parceira Vespa. Muito embora essas últimas já façam parte da recente Coleção Histórica dos Vingadores, faz todo sentido estarem neste encadernado. Nota: A (EM)

capa03A ÚLTIMA BAILARINA (2014), de Guilherme de Sousa (Korja dos Quadrinhos)
Os quadrinhos nacionais independentes vêm trazendo boas surpresas e esta é uma delas. O álbum mostra as aventuras de uma bailarina, um unicórnio e um ursinho de pelúcia presos em uma casa cercada por uma horda de zumbis assassinos. É claro que, com um elenco desses, o clima não poderia ser outro que não o de humor. A diferença é que, na contramão de muitos trabalhos atuais no gênero (principalmente no Brasil), o autor usa um tom escrachado que não tem medo de piadas que poderiam ser chamadas de “politicamente incorretas”. O background de Guilherme de Sousa no mercado de animação influencia o ritmo e deixa tudo ágil, com uma metralhadora giratória de piadas. O leitor mal se recupera de uma piada e lá vem outra. Um trabalho esperto, divertido e inteligente que merece ser conhecido. Mas cuidado: se você é do tipo excessivamente sensível, pode não gostar. Mas, aí, o azar é seu. Nota: B (MM)

ATOMIC ROBO VOL. 3 – THE SHADOW FROM BEYOND THE TIME (2009), de Brian Clevinger e Scott WegenerAtomic Robo
Um dos quadrinhos mais insanamente divertidos a surgir nos últimos tempos. Atomic Robo é um robô criado por Nikola Tesla (que é figurinha carimbada no gibi, junto com seu arquinimigo Thomas Edison), que vive diversas aventuras ao longo do século XX. Firmemente ancorado em diversos conceitos científicos e na física quântica, com frequentes participações de cientistas como Stephen Hawking e Carl Sagan e utilizando diversos conceitos da cultura pop, Atomic Robo enfrenta ameaças como vampiros dimensionais, a colonização de marte, nazistas e (neste volume) a ameaça dos mitos de Cthulhu, com a ”ajuda”  de ninguém menos que o próprio H. P. Lovecraft e de Charles Fort, um dos primeiros pesquisadores do sobrenatural. Se você gosta de títulos como Savage Dragon e Hellboy, adicione esta revista à sua estante: tão divertido quanto e com o bônus extra de ter uns bons pontos de Q.I. a mais. Nota: B (Fábio Ochoa)

1343185BLADE: THE VAMPIRE SLAYER (2004), de Marv Wolfman, Chris Claremont, Christopher Golden, Tony DeZuniga, Gene Colan, Ladronn e Rico Rival (Marvel)
Publicadas originalmente entre 1974 e 1998, em revistas como Vampire Tales, Marvel Preview e outras, esta histórias em preto e branco têm um tom mais adulto que os quadrinhos convencionais da Marvel da década de 1970. Blade enfrenta vampiros em variados cenários, em tramas cheias de corações perfurados por estacas e outras cenas violentas, onde nem mesmo crianças-vampiro escapam de fins dantescos. Alguns dos elementos usados nos filmes do personagem apareceram pela primeira vez nestas histórias e ajudam a explicar o apelo e interesse por Blade. O estilo retrô da arte e dos roteiros são uma atração à parte e o volume funciona bem como um complemento às histórias de A Tumba de Drácula, que vêm sendo publicadas pela Panini no momento. Nota: B- (MM)

VINGADORES VS. X-MEN VS. QUARTETO FANTÁSTICO (2015), diversos autores (Panini)x-men-vs-avengers
Este encadernado compila duas edições especiais lançadas no início dos anos 1990 pela Editora Abril, mostrando a batalha entre as maiores equipes do Universo Marvel. Na primeira, escrita por Roger Stern e arte de Marc Silvestri, os Vingadores e os X-Men se enfrentam pela liberdade de Magneto que, na época, era o líder dos mutantes, cobrindo o afastamento de Charles Xavier. Na segunda história, Kitty Pryde está desaparecendo – consequência da saga Massacre dos Mutantes – e Reed Richards é o único que pode ajudá-la, mas se recusa. Isso leva os mutantes a se aliarem ao Dr. Destino numa batalha contra o Quarteto Fantástico. Foi escrita por Chris Claremont e desenhada por Jon Bogdanove. De quebra, ainda tem mais duas HQs mostrando os primeiros encontros das três equipes, pelas mãos de Stan Lee e Jack Kirby. Publicação generosa (10 histórias), com preço camarada (R$ 26,90) e excelentes tramas. Nota: B (EM)

Trees_vol1-1TREES (2015), de Warren Ellis e Jason Howard (Image Comics)
Warren Ellis, um dos nomes mais importantes dos quadrinhos nas últimas décadas, apresenta mais um conceito pra lá de interessante em sua nova série pela Image Comics – que, quem diria, se tornou um selo essencial na atualidade, repleta de títulos de qualidade. A trama mostra a Terra de um futuro próximo, que há uma década sofreu uma espécie de invasão extraterrestre quando, ao redor do planeta, colossais troncos misteriosos desceram dos céus, destruindo as áreas nas quais se instalaram. Ninguém sabe o que são esses troncos ou o que significam os símbolos que trazem entalhados. A história acompanha diversas pessoas, em várias camadas sociais, que têm as vidas afetadas pelas estranhas “árvores”: uma ladra italiana, o presidente da Somália, um jovem pintor chinês e um grupo de cientistas que pesquisa os invasores e descobre que algo está prestes a acontecer com eles. Para o leitor brasileiro, uma atração a mais: logo no começo há uma sequência violenta, passada no Rio de Janeiro, onde a polícia usa armamentos futuristas e drones contra traficantes numa favela. Com uma trama moderna e sempre interessante, personagens bem delineados e um clima misterioso, é um dos quadrinhos imperdíveis do momento. Nota: B+ (MM)

A ERA DE ULTRON: FUTUROS ALTERNATIVOS (2015), de Jon Keatinge e vários artistas (Panini)untitled
As cinco edições da minissérie What if…? Age of Ultron são reunidas nesse encadernado em capa dura, trazendo versões alternativas da saga A Era de Ultron, publicada no ano passado. Nela, Ultron domina o mundo e, para derrotá-lo, Wolverine volta no tempo para matar Hank Pym antes dele criar o robô, o que provoca um lapso no tempo e graves consequências na História. Esta minissérie mostra mundos onde, ao invés de Pym, outros heróis não existem – a Vespa, o Homem de Ferro, o Thor e o Capitão América. Numa primeira leitura, parece que a série não tem ligação com A Era de Ultron, pois o que causa a morte dos heróis são outros fatos da história da Marvel – o que é bem legal de se ver, pois resgata sagas antigas como A Guerra das Armaduras (Homem de Ferro) e o Quarteto Fantástico formado pelo Wolverine, Hulk, Motoqueiro Fantasma e Homem-Aranha. No entanto, tudo converge para a quinta edição, que une todas as realidades e mostra Ultron tentando dominá-las. Isso torna a trama bem coesa e inteligente. Nota: B (EM)

LIVROS

51kCDiTm6oLTHE SUPERGIRLS (2009), de Mike Madrid (Exterminating Angel Press)
Todo leitor de quadrinhos tem sua super-heroína favorita e há grandes chances de que ela tenha ganhado um capítulo com uma análise de sua trajetória neste ótimo livro, onde o pesquisador Mike Madrid narra o surgimento, influência e evolução de personagens como Mulher-Maravilha, Mulher-Invisível, Poderosa, Elektra Tempestade e várias outras. Didático sem nunca ser chato ou cansativo, o livro mostra o tratamento dado a essas personagens e como elas foram importantes para abrir caminho para o interesse do público feminino em um gênero que foi, por muito tempo, dominado por meninos adolescentes. Além de tudo, o livro ainda funciona muito bem como uma introdução a diversos conceitos e títulos de quadrinhos, como a Legião dos Super-Heróis e o Quarteto Fantástico. Perfeito para todos que se interessam pela história dos quadrinhos e sua várias facetas. Nota: B (MM)Cemitério Perdido Dos Filmes B Exploitation

CEMITÉRIO PERDIDO DOS FILMES B: EXPLOITATION (2014), de César Almeida (Editora Estronho)
Nesse ótimo livro organizado por César de Almeida, mergulhamos no fantástico e bizarro universo dos filmes exploitation. São 135 filmes analisados por 12 autores em 224 páginas repletas de valiosas informações. Um livro de cabeceira para os amantes do lado mais obscuro da sétima arte. Nota: A (GD)

resenha princessUMA PRINCESA DE MARTE (2010), de Edgar Rice Burroughs (Editora Aleph)
Pense só:  Muitos dos tropes de ficção científica que você conhece foram estabelecidos por Burroughs no chamado “Ciclo de Barsoom (Marte)”, composto de onze livros, cujo primeiro é este lançado pela Aleph. Burroughs escreveu a história em 1912 como uma série para a revista All-Story… Sim , 1912, mais de cem anos atrás. John Carter, um ex-soldado confederado, é transportado para Marte e lá encontra uma civilização complexa e guerreira. Ah, e uma princesa que anda nua, Dejah Thoris. “Tornando-se nativo”,  ele vive uma série de aventuras naquele charmoso Marte que todos pensavam que poderia existir. O livro inspirou vários escritores de diferentes gerações, de Arthur C. Clarke a Michael Moorcock, de Carl Sagan a Ray Bradbury. E ganhou em seu centenário um filme (injustamente criticado) pela Disney. Mas tenha em mente que é um livro do início do século 20, então a linguagem, totalmente pulp, pode não encantar a todos. Ainda assim, é um livro que tem que ser lido por todos aqueles que gostam de ficção científica. Nem que seja apenas como um documento e um dos melhores exemplos do “romance planetário”. Nota: A (BS)

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