A continuação do sucesso de 2016 aposta mais na ação que no terror
por Maurício Muniz
Invasão Zumbi (Train to Busan) foi um grande sucesso de bilheteria na Coreia do Sul e no resto do mundo em 2016. O charme e diferencial do filme era conseguir inserir uma drama familiar real na velha fórmula de um vírus que transforma as pessoas em mortos-vivos assassinos.
Dirigida e coescrita pelo mesmo Sang-ho Yeon do filme anterior, Invasão Zumbi 2: Península (Train to Busan Presents: Peninsula) chega aos cinemas em 2020 apostando mais na ação que no terror. Por motivos particulares (quem somos nós para dar spoilers?), o ex-militar Jung Seok (Dong Won-Gang) volta à Coreia para resgatar um caminhão de dinheiro roubado que está lá.
Com uma equipe não muito profissional a seu lado, Jung acaba preso na cidade de Incheon e descobre que talvez os mortos-vivos sejam o menor dos seus problemas, pois o lugar é dominado por uma violenta milícia que, entre outras atividades, promove lutas de arena entre vivos e mortos. Para resgatar o caminhão e escapar, ele precisará da ajuda de uma estranha e simpática família que vive lá.
O roteiro troca os sustos e tensões por tiros, correria e perseguições de automóveis, em momentos que mantém o interesse do espectador durante toda a projeção. Um dos temas principais, como no original, ainda é a importância da família e os sacrifícios que fazemos por ela.
É um espetáculo empolgante, que prova ainda ser possível achar ângulos interessantes para as manjadas histórias de mortos-vivos. Talvez o final seja um pouco longo demais, mas não compromete o resultado e o público vai sair do filme com vontade de ver mais desse universo. George Romero aprovaria.
Cotação:
Maurício Muniz é jornalista e editor de livros e revistas. Assistiu ao filme em casa, em link disponibilizado pela Paris Filmes. Achou que a poltrona do cinema seria mais confortável, mas em compensação a pipoca de casa é mais barata…
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eu assistir para conferir
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